O que é Ciência

Ao definirmos o que é ciência é necessário que, antes, façamos uma distinção entre o que é senso comum e o que é ciência:

O senso comum é toda a gama de informações que não tiveram um tratamento sistematizado, que não passou por um processo metodológico; de certa maneira, são as impressões que temos sobre o mundo que nos cerca, adquiridas e constantemente modificadas ao longo de nossas vidas. O senso comum sofre influência dos nossos sentidos, da educação que tivemos na escola, dos ensinamentos de nossos pais, do que assimilamos em rodas de discussão, jornais, livros e revistas que lemos, da doutrina religiosa que aceitamos; em resumo, consiste na “ciência popular”, na experiência pessoal que acumulamos e que é externada na forma de opiniões e que também interage em coletividade.

Diferentemente, a ciência busca respostas para fenômenos ou problemas de uma forma geral, de maneira a utilizar-se de um encadeamento racional para os fatos que se relacionam com o problema e com sua solução. Surgem então as teorias, que devem assumir posições desprovidas de tendência, subjetivismo ou julgamentos de valor.

A ciência tem como principal objetivo encontrar explicações para os mais variados fatos e acontecimentos, estando sempre alicerçada por uma base teórica consistente.

Cada um dos inúmeros e diversificados ramos da ciência procura explicar os fenômenos com base em princípios, pressupostos teóricos e fundamentos consistentes. Neste contexto, o método científico tem papel primordial, na medida em que apresenta regras básicas que sistematizam, que norteiam o cientista na sua busca por respostas.

A ferramenta de trabalho de um cientista é a pesquisa. De forma bem intuitiva, podemos conceituar pesquisa como um processo pelo qual se buscam respostas às indagações, aos problemas do nosso mundo, em diversos campos. Segundo Gil (1991), a pesquisa é “um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”.

Widson Porto Reis (e também Thiago Camelo em seu texto) levanta uma questão importante no texto lido, ao dizer que “O que nos leva a maior de todas as causas para disseminação da pseudociência nas universidades: o Relativismo. O Relativismo é a idéia de que todos os saberes são apenas questão de opinião, fruto do seu contexto histórico e social. O relativista acredita que todos os pontos de vista são igualmente válidos e vê a ciência apenas como mais uma maneira de representar o mundo, em pé de igualdade com a não-ciência”.

Várias áreas de estudo que antigamente eram tidas como senso comum já se apóiam em bases teóricas consistentes, mas ainda existe esse problema: querer classificar tudo como ciência. Para evitar essa banalização, é importante que a pesquisa tenha uma estrutura sólida e confiável, seja baseada em estudos reconhecidamente sérios e recepcionados pela comunidade científica.